Gabriela
Dantas

Psicanalista Clínica,
idealizadora da Psicanálise Subversiva

Ao longo de 12 anos no mundo corporativo, surgiu o desejo de escutar de outra forma: com presença e acolhimento. A minha proposta é oferecer um espaço seguro e de reflexão, onde cada pessoa possa se reconectar com sua história e se aproximar da sua potência em movimento.

Você não agrada porque quer.
Você agrada porque aprendeu que, se não agradar, vai sobrar. Vai ser rejeitada. Vai ficar sozinha.

E aí foi se apagando devagar.
Dizendo sim com vontade de gritar.
Se moldando ao que esperavam, até não sobrar nada de você.

Só que o preço de ser amada por todos é ser de ninguém.
Nem sua.

A análise não te ajuda a agradar menos.
Ela te desmonta até que você perceba que agradar sempre foi só um sintoma do medo de existir por si.

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Desde cedo, a menina é treinada para caber.
Falar baixo. Sentar direito. Não reclamar. Cuidar dos outros.
Sua infância é abreviada pela cobrança de responsabilidade emocional, enquanto a dos meninos é estendida em liberdade.

Valeska Zanello aponta que o feminino é, desde sempre, vinculado à “performance do cuidado”. Isso nos adestra para uma vida voltada ao outro, ao serviço, ao silêncio.

E aí, quando finalmente envelhecemos, quando cansamos, quando queremos viver no nosso ritmo… nos dizem que já não servimos.
Que nossa pele precisa ser lisa. Que nossa mente tem que ser moderna. Que nossa aparência deve ser “renovada”.

Como diz bell hooks, a opressão não se resume à violência física. Ela também se manifesta pela exclusão simbólica, pelo apagamento.
E o envelhecimento feminino é isso: uma forma de exílio imposto.

Mas a verdade é que estamos vivendo mais. E melhor.
A longevidade é uma conquista feminina.
Não queremos apenas viver mais. Queremos viver com dignidade.
Fora da lógica do corpo que serve, da mulher desejável, da produtividade estética.

Como escreve Milly Lacombe:

“O corpo feminino é politizado desde o primeiro dia. Mas chega um momento em que a gente escolhe não servir mais de vitrine. A gente escolhe servir a si.”

Essa escolha não é fácil. Mas é urgente.
O envelhecimento feminino precisa deixar de ser tabu e passar a ser direito. potência. poder.

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Mãe e Psicanálise: desvendando os paradoxos do cuidado e da cobrança

Ser mãe é viver um dos maiores paradoxos da experiência humana. É um papel construído ao longo do tempo, marcado por escolhas, conflitos e renegociações constantes.

A psicanálise, especialmente nas reflexões de @vera.iaconelli, nos ajuda a entender que a maternidade não é um dom natural ou uma perfeição inata, mas um processo complexo onde convivem responsabilidades, limites, dúvidas e autocuidado.

Muitas pessoas que assumem essa função sentem o peso da expectativa de ser a “mãe perfeita” — uma imagem que silencia as dores, o cansaço e os desejos que atravessam essa construção.

Reconhecer essa complexidade é fundamental para que a maternidade seja mais verdadeira, menos sobre cobranças e mais sobre escuta profunda de si mesmo.

A psicanálise oferece um espaço para acolher essas contradições, permitindo que cada pessoa se encontre para além do papel imposto, integrando seus sentimentos e construindo uma relação mais autêntica com seus filhos e consigo mesma.

Se a maternidade para você é um desafio cheio de emoções difíceis, saiba que essa experiência pode ser transformada através do olhar psicanalítico, do acolhimento e da coragem de se reinventar.

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Quantas vezes você já ouviu: “Você é tão forte!” — e, por dentro, sentiu vontade de desabar?

Na nossa cultura, especialmente para as mulheres, ser forte virou elogio, identidade, quase obrigação. A mulher que aguenta tudo. Que resolve, que cuida, que não demonstra fraqueza. Mas a que custo?

@mlacombe escreveu: “Ser forte não é uma escolha quando ninguém nunca apareceu para te amparar.”
Essa força, muitas vezes, não é poder — é sobrevivência.

A psicanálise nos ajuda a olhar para o que está por trás dessa armadura. O que foi que te ensinou que sentir é fraqueza? Que pedir ajuda é vergonha? Que descansar é culpa?

@zanellovaleska fala da “performance da competência” como um novo tipo de prisão: mulheres que fazem tudo, mas que se desconectam de si mesmas, vivendo em exaustão silenciosa. O mundo aplaude. A alma adoece.

A psique feminina sofre quando não pode falhar, chorar, descansar. Quando é obrigada a performar força, mesmo quando está desmoronando por dentro. Isso não é empoderamento — é abandono.

Ser forte pode ser bonito. Mas ser inteira é mais. E isso inclui sentir medo, tristeza, raiva, cansaço. Inclui ser vulnerável — sem perder a dignidade por isso.
Se você se reconhece nesse lugar de cansaço disfarçado de força, saiba: você não precisa carregar tudo sozinha.

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A psicanálise não é para todo mundo.
Ela não promete nada.
Não cura.
Não tem receita.
Não tem tempo definido.
Não tem fim garantido.
A psicanálise é um movimento.

Um processo que começa quando alguma coisa deixa de caber — no corpo, na rotina, nas relações. Quando o sintoma começa a gritar onde antes havia silêncio.
Ela não é para quem busca uma fórmula.
É para quem quer, com coragem, escutar o que ainda não foi dito.
Porque tem coisa que não passa com o tempo. Passa com palavra.
Com atravessamento.
Com implicação.

A análise não te diz quem você é — ela te ajuda a escutar quem você vem tentando ser apesar de tudo.
Apesar da cultura.
Do machismo.
Da história que te contaram.
Dos papéis que te deram.
Ela não resolve por você.
Mas caminha junto enquanto você encontra um jeito mais verdadeiro de habitar sua própria vida.

A psicanálise não serve para todo mundo.
Serve para quem foi atravessada por uma dor que não dá mais pra ignorar.
Serve para quem tem demanda.
Para quem, em vez de silenciar o sintoma, quer escutar o que ele está tentando dizer.

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Quando você ama mais a ideia do que a pessoa

Você já se pegou insistindo em um relacionamento que, na prática, te machuca — mas na fantasia, te salva?

Às vezes, o que dói não é o fim da relação, mas o fim da ideia que você criou sobre ela. Como diz a psicanalista Ana Suy, “a gente não ama só pessoas; a gente ama o que imagina sobre elas.”

É aí que mora o perigo: quando você ama o projeto, o potencial, a promessa. Quando espera que, se você amar o suficiente, ele vai mudar. Vai ver. Vai retribuir.

Mas o amor real exige presença, não projeção. E muitas mulheres, ensinadas a cuidar, salvar e consertar, confundem amor com tarefa.

Christian Dunker fala que a repetição de relações frustradas tem menos a ver com azar, e mais com o inconsciente. A gente repete na esperança de, enfim, consertar o que lá atrás feriu. Só que esse ciclo cobra caro.

A psicanálise te ajuda a perceber: o que exatamente você está amando aqui? A pessoa — ou o enredo que você construiu para dar sentido à ausência dela?

Amar não deveria doer tanto. E se dói, talvez seja hora de escutar esse sintoma com mais cuidado e menos julgamento.

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Já te chamaram de “pesada demais”?
ou de “difícil”, “intensa”, “desequilibrada”?

Quantas vezes você se silenciou pra caber numa leveza que esperam de você — mesmo quando o que sente é peso?

Ser “leve” virou obrigação. Mas a que custo?

Essa postagem é um convite pra refletir sobre o rótulo da mulher que sente, que questiona, que impõe limites.
E sobre como a psicanálise pode ser o espaço onde você finalmente não precisa mais desaparecer pra ser aceita.

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Desde muito cedo, as mulheres aprendem que seu valor está fora de si. A aparência, o comportamento, a docilidade, a performance — tudo precisa ser aprovado. O mundo diz o que é ser “boa o suficiente”. E a gente acredita.

bell Hooks nos lembra que “o patriarcado nos ensina a odiar o feminino”, inclusive dentro de nós. E isso gera uma ferida narcísica profunda: ao não sermos reconhecidas por quem somos, buscamos ser reconhecidas por quem esperam que sejamos.

@zanellovaleska fala de uma “colonização da autoestima” nas mulheres, onde a lógica do afeto é substituída pela lógica da performance. É como se o amor próprio só existisse se o outro validar.

Na clínica, percebo o quanto esse desejo de aprovação não é futilidade, mas dor. Uma dor silenciosa, que se repete em relações, trabalhos, redes sociais. Uma sensação constante de inadequação. Como se fosse preciso merecer existir.

A psicanálise não julga — ela escuta. Escuta a história por trás dessa busca, a criança que precisou agradar para ser vista, a mulher que se perdeu em papéis que não escolheu.
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Escutar é o primeiro passo para retomar o próprio desejo, a própria voz.

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Silenciar a própria voz: o preço de viver para os outros.

A falsa sensação de controle ao viver para os outros pode parecer segura, mas é um cárcere invisível.
Escolher por si mesma parece simples — mas, para muitas mulheres, toda escolha soa como uma ameaça.

Parece que é “porque quer”, mas nem sempre há base para sustentar esse querer. Quando você se molda ao que esperam, começa a se afastar da própria verdade.

O silêncio pode agradar, mas custa caro: custa você.
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A psicanálise ajuda a escutar esse vazio, essa confusão — e a reconstruir, pouco a pouco, um desejo que seja seu.
Porque viver para si mesma não é egoísmo.
É sobrevivência.

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Sim, é clichê. Está em mil posts, canecas e agendas. Mas é real.

A gente passa boa parte da vida tentando controlar o externo: o outro, o trabalho, a rotina, os afetos. E quando tudo parece não mudar, vem a frustração, a sensação de impotência.

Mas há um ponto de virada: quando olhamos para dentro. Quando, em vez de repetir padrões, começamos a escutá-los. Freud dizia que, quando o inconsciente se torna consciente, ele deixa de nos dominar. É aí que mora a mudança real.

Quando você começa a se tratar com mais gentileza, você percebe o quanto aceitava migalhas. Quando entende sua história, você para de se culpar — e também de se vitimizar. Passa a se apropriar da sua dor, da sua trajetória, da sua possibilidade de escolha.

Quando você muda o olhar sobre si, o mundo responde.
Não porque o mundo mudou. Mas porque você mudou.

Se essa frase sempre te soou bonita, mas distante… talvez esteja na hora de vivê-la de verdade, não?!

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Meu nome é Gabriela Dantas, atuo na psicanálise clínica e sou idealizadora da Psicanálise Subversiva — uma proposta que convida cada sujeito a se reencontrar com sua própria história e potência, inclusive nas camadas mais profundas e inconscientes de si.

Minha formação em psicanálise surgiu como desdobramento de uma trajetória de mais de 13 anos no mundo corporativo, onde atuei em desenvolvimento humano e gestão organizacional. Foi nesse contato intenso com as subjetividades, escutando histórias e observando os conflitos cotidianos que atravessam o mundo do trabalho — que nasceu o desejo de escutar de outra forma: oferecendo presença e acolhimento, num espaço onde o sujeito possa se expressar, mesmo quando ainda não consegue nomear o que sente.

Acredito em uma psicanálise viva, acessível e comprometida com a singularidade de cada sujeito. Minha proposta é oferecer um espaço seguro de escuta, reflexão e elaboração, para que cada pessoa possa se aproximar de quem realmente é — para além dos papéis que ocupa no mundo.

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Minha Abordagem

Elaboração, Presença e Singularidade

A escuta que ofereço nos meus atendimentos é um convite para que você, mulher, também possa se escutar. Não estou aqui para dar conselhos ou respostas prontas, mas para sustentar um espaço acolhedor, ético e seguro, onde a sua fala possa circular com tempo e profundidade.

Cada encontro é uma oportunidade de se aproximar do que ainda não foi dito, do que se repete ou se manifesta em silêncios, sonhos, sintomas e afetos. Meu compromisso é te acompanhar no seu processo — sem pressa, sem fórmulas — em uma psicanálise viva, acessível e comprometida com a sua singularidade.

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